A evolução sonora do cinema
Apesar de não haver um consenso entre os estudiosos em relação sua data de invenção, o cinema foi divulgado pelos irmãos Lumière no Grand Café de Paris em 1895. Houve grande comoção popular, mas o que era de se chamar a atenção que a filmagem de poucos segundos de duração mostrava algo tão realista aos olhos desacostumados da época como a chegada de um trem à estação. Então a partir desse momento nasce o chamado cinema mudo.
A nomenclatura cinema mudo chega a ser contraditória. Desde sua origem, sua exibição nunca fora silenciosa. Não se escutava o barulho do trem chegando à estação, cena exibida na tela na tela, porém ouvia-se uma sinfonia improvisada pelo pianista Emile Maraval, pois segundo Adorno e Eisler (1947, apud.GUESDES) “a música servia para espantar o silêncio fantasmagórico das salas escuras de exibição.”. De início, não havia uma ligação entre o conteúdo passado nas telas com a trilha sonora tocada pelo pianista ou orquestra, só sendo ajustados posteriormente.
O cinema sonoro apareceria em 1926, com o filme Dom Juan e no ano seguinte The Jazz Singer com a ideia de sincronizar um disco gravado com falas e efeitos sonoros com a imagem exibida na tela, ainda assim existiam falhas, assim afirma Luciana Haussen: “Enquanto a imagem era gravada de forma linear e descontínua o som era gravado de forma circular e continua gerando um problema de sincronicidade tremendo.”. Mas foi somente em 1929 que realmente teve um filme com o áudio inteiramente incluindo às imagens. Este avanço revolucionou os conceitos que até então eram conhecido. Forçou uma série de adaptações por parte do meio artístico para lidar com novidade.
A inclusão da sonoridade foi um grande avanço a sétima arte que tem cada vez mais se superado acompanhando incessantemente a tecnologia. Antes, apenas se sabia que algo havia se quebrando em meio à cena, hoje temos a impressão de ter se quebrado algo ao nosso lado. Mas observa-se imagem e som estiveram juntos