A Evolução Histórica do Consumo de Drogas
A sedentarização dos grupos humanos pré-históricos, ocorrida no período Mesolítico, nota-se nessas sociedades o uso de certas substâncias que se relacionava a ritos de passagem e de iniciação à maturidade, e a rituais que buscavam satisfazer os mais variados deuses. As primeiras hóstias ou formas sagradas eram substâncias psicoativas, como o peyotl, o vinho ou certos cogumelos.
Idade Antiga e o Consumo de Drogas
A papoula aparece descrita em placas sumérias do terceiro milênio a.C., representada em cilindros babilônicos, imagens da cultura creto-micênica e em hieróglifos egípcios.
O cânhamo (cannabis sativa) tem sua origem na China, país em que foram encontrados os primeiros restos desta fibra. Surgem também indícios de seu uso na Índia, para tratamento de febre, insônia, tosse seca e disenteria, e na civilização da Mesopotâmia, empregada como incenso cerimonial.
O arbusto de coca, originário da região de Macchu-Yunga, no antigo Alto Peru (hoje Bolívia), fora disseminado pelos incas. Desde o século III a.C., o hábito da mastigação das folhas de coca é representado em esculturas dos povos andinos, encontrando-se presente em manifestações ritualísticas e utilizado como forma de aliviar o esforço físico e mental relacionado ao trabalho em altas altitudes. [05]
Podem ainda ser encontrados relatos sobre o uso de álcool, em especial na sociedade egípcia, na região da Ásia Menor e na Bíblia judaica. O Código de Hamurabi, por exemplo, em sua ordenação 108, mandava executar os donos de tabernas que adulterassem a qualidade de bebidas como o vinho e a cerveja.
As Civilizações Grega e Romana
Diante dessa nova perspectiva, plantas como a dormideira, o cânhamo, a beladona, a mandrágora, e as drogas por elas produzidas, passam a ser abordadas não mais como substâncias sobrenaturais, mas como mecanismos de cura, sendo ainda utilizadas para fins lúdicos.
De igual forma, na civilização romana o uso de certas drogas