A evolução do mercado imobiliário
O mercado imobiliário voltou a chamar a atenção do público em geral, principalmente pelo número de gruas visíveis em todas as regiões da cidade de São
Paulo. Após um período de estagnação de unidades vendidas, em torno de 18 mil por ano desde 1996 até 2006, o mercado chegou a vender mais de 35 mil unidades em
2007. Em 2008, por outro lado, o mercado passou a desacelerar o ritmo de vendas em decorrência da crise internacional,
Até meados de 2008, o país vivia ainda o boom imobiliário, como mostra o
Gráfico 1 de lançamentos, mas muitos já o viam apenas como a “ponta de um iceberg”, tendo em vista a estrutura de crédito incipiente do Brasil, comparada à estrutura de de países como os Estados Unidos ou o México, por exemplo. Um dado objetivo é que o financiamento imobiliário norte-americano atinge cerca de 63% do Produto Interno
Bruto (PIB), enquanto o sistema mexicano tem o volume de 15% do PIB. O Brasil, por sua vez, com toda a euforia desse momento, em 2008, tem a expectativa de atingir até
4% do PIB.
Gráfico
Gráfico 1 - VGV Lançado em São Paulo (1996 – 2009 estimado)
Fonte: Autor, a partir da base de dados Embraesp
A situação, porém, mudou. Atualmente, a crise mundial está servindo como ponto de ajuste, após muitas empresas se planejarem com metas inatingíveis. Essa
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nova situação faz prever que será observada queda na oferta com revisão da meta de lançamento de empreendimentos comerciais e residenciais. Segundo especialistas do mercado, ainda existe uma demanda reprimida muito grande que sustentará o mercado de construção civil nos próximos anos. O mercado precisará se ajustar com relação à gravidade da crise. Os estoques de bem duráveis já estão acima das médias dos últimos anos, e a economia já dá sinais claros de desaquecimento. O setor da construção civil sentirá o reflexo um pouco mais tardiamente, entretanto, é esperada uma queda mais rápida na velocidade dos lançamentos