Evolução do Mercado imobiliário no bairro Humaitá em Porto Alegre/RS
Com a industrialização do estado do Rio Grande do Sul em meados da década de 50, e para fomentar o seu desenvolvimento, o governo do estado optou por construir uma cidade industrial perto da capital gaucha. O local escolhido era formado por algumas glebas de terras localizadas ao norte da cidade de Porto Alegre (as mesmas permaneciam vazias por serem alagadiças) que totalizavam 470 hectares. A localização estratégica desta área possuía inúmeras vantagens: eram bem servidas por meios de transportes (ferroviário, rodoviário, hidroviário e aéreo), já existiam algumas indústrias próximas da região e tinham como vizinhos bairros predominantemente constituídos por residências operárias (o que tornava a oferta de mão de obra mais acessível).
Basicamente a região foi dividida em duas grandes áreas. Parte dela foi declarada como área de utilidade publica para fins de desapropriação e a outra metade permaneceu em posse de seus proprietários originais. Obras de drenagem, diques e aterros foram executadas pelo poder publico, já, na parte privada, o departamento municipal de limpeza urbana foi contratado com a proposta de utilizar 10 hectares da área (que na pratica tornaram-se 140 hectares) para a implantação de um aterro sanitário que operou de 1977 a 1982. A Figura 1 ilustra o projeto proposto para a cidade industrial, o mesmo não foi executado exatamente como concebido uma vez que um grande parque foi construído no centro do bairro.
Figura 1 – As industrias deveriam ocupar as faixas de terra próximas ao dique, para assim perimitir a relação mais direta com o sistema de transporte (em rosa no mapa). Nas zonas interiores, em amarelo, conjuntos habitacionais para os operários das fabricas seriam construídos. Fonte: PAIVA, 1961
Outro fator decisivo para a expansão da cidade para áreas periféricas foi o seu crescimento demográfico, decorrente principalmente do êxodo rural e da atratividade