A evolução do calor
Provavelmente, quem primeiro tentou desvendar o "mistério" do fogo foi o homem das carvernas, ao usar o fogo para se aquecer e cozinhar. Os filósofos gregos acreditavam que o fogo, ao lado da água, da terra e do ar, era um dos elementos formadores da natureza. E essa ideia foi aceita por quase dois mil anos, incluindo-se nesse período os alquimistas, que admitiam que o fogo tinha um poder extraordinário para levá-los a pedra filosofal e do elixir da vida.
Somente em 1661, o químico irlandês Robert Boyle (1627-1691), combateu as ideias dos alquimistas, em sua obra O Químico Cético, emitindo com precisão o conceito de elemento químico. Porém, Boyle ainda incluía o fogo como um desses elementos.
Alguns anos depois o médico do rei da Prússia, Georg Stahl criou a ideia de flogístico, que, sengundo o próprio, era o princípio do fogo. Quando um corpo era aquecido, ele recebia flogístico e quando ele se resfriava, perdia.
O químico inglês Joseph Priestley (1733-1809) era liberal na política e na relçigião, mas conservador quando se tratava da ciência, ele defendia a teoria criada por Stahl sobre o flogístico. Porém, quando descobriu o oxigênio (chamado de ar deflogistico), permitiu ao químico francês Antoine-Laurent Lavoisier (1743-1794) derrubar de uma vez por todas a teoria do flogístico, em 1777, explicando a combustão como uma simples reação do oxigênio.
Para descrever o elemento imponderável responsável pelo aquecimento dos corpos, por algumas reações e por outros fenômenos, Lavoisier introduziu o termo calórico. Junto com Pierre-Simon Laplace (1749-1827), fez importantes estudos sobre o calor liberado na combustão.
O médico escocês Joseph Black (1728-1799), assim como Lavoisier, entendia o flido calórico como uma substância que podia combinar-se quimicamente com a matéria. Segundo ele, quando entre o corpo e o calórico havia uam simples mistura, a temperatura aumentava, sendo perceptível a presença do calor: calor