evoluçao do conceito do calor
Fisicamente, o calor ou energia térmica é a energia que se transfere de um corpo para outro por causa apenas da diferença de temperatura entre eles.
Esta definição deixa claro que calor é energia. Tal identidade não foi uma conclusão óbvia, mas resultado de um processo historicamente demorado.
Para Roger Bacon, Kepler, Francis Bacon e Boyle, o calor era proveniente do movimento. Newton sugeria que o calor estava relacionado a possíveis vibrações do éter. Para Galileu, o calor era um fluido.
Gassendi admitia duas espécies de matéria térmica, uma produzindo calor, outra frio. Alguns associavam o calor ao flogístico, substância hipotética que estaria contida nos corpos que pegam fogo. Em 1789, Lavoisier definiu o calor como uma substância – o calórico – e a incluiu com o um dos elementos da natureza em seu tratado de Química. O prestígio científico de Lavoisier fez com que essa idéia tivesse grande aceitação, embora ela nunca obtivesse unanimidade.
Em 1789, trabalhando em Munique, o físico americano Benjamin Thompson (1753 – 1814) ficou impressionado com o intenso aquecimento dos cilindros de latão perfurados para serem utilizados em canos de canhões. Rumford realizou diversas experiências para entender melhor esse aquecimento e, em todas elas, ficou claro que o calor não poderia ser um fluido – a hipótese de ser originário do movimento era bem mais aceitável. Mas, apesar do apoio de importantes cientistas, com Davy e Young, sua tese teve pouco sucesso.
No início do século XIX a teoria de que o calor era um fluido ainda era amplamente aceita, talvez por causa da predominância dos físicos franceses naquela época. Só em 1840, com as experiências de Joule, a idéia do fluido calórico caiu definitivamente por terra.