A evolução das cidades mineradoras
A exploração mineral faz presente hoje, uma vez que o Brasil é um dos maiores produtores minerais do mundo. Esse grande potencial resulta na contínua abertura de minas por todo o território nacional. A atividade mineira corresponde a cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB), e emprega diretamente cerca de 100 mil pessoas e outras 500 mil estão ligadas indiretamente ao setor. Apesar da prosperidade trazida pela exploração mineral, a atividade também acarreta em consequências negativas para a área onde se encontram. A atividade tem como seu malefício mais conhecido a degradação ambiental, mas esse tema não será o enfoque central desse trabalho, e sim uma outra característica, a dependência econômica gerada pela atividade e suas consequências. Esse processo é conhecido como “enclave econômico” (1), e também pode ocorrer em áreas prioritariamente industriais. Além da dependência econômica, a mineração apresenta outro fator negativo, a limitação de suas atividades. Isso quer dizer que uma mina possui um tempo limite para sua exploração. O esgotamento de uma jazida, quase sempre resulta em desemprego e subutilização da infraestrutura implantada. Esses problemas, somados à degradação do meio ambiente, impactam o desenvolvimento da região mineradora. Esse cenário desolador pode ser evitado ou revertido, desde que a atividade mineradora seja praticada de maneira consciente e planejada. Neste estudo serão analisados alguns casos de iniciativas acertadas, realizadas em outros países e no Brasil.
2.0
METODOLOGIA
Para responder às questões levantadas, primeiro temos que entender a dinâmica das cidades mineradoras e os problemas por elas enfrentados. Nesse intuito serão analisadas cidades brasileiras com perfil minerador. A partir da análise dessas cidades serão diagnosticados os problemas em comum identificados. Além das cidades brasileiras, foram eleitas outras no