A evolução da espécie
A EVOLUÇÃO DA ESPÉCIE
Quando se pensa em linguagem, a primeira ideia que nos remete é a da oratória, que nos dias atuais é extremamente desenvolvida, tanto que uma língua completamente fundamentada com regras e maneiras de uso pode ser traduzida e adaptada para outra e assim ocorrer o aprendizado da mesma, permitindo a comunicação entre pessoas de lugares completamente distintos na localização, na fala e na cultura e ainda assim haver compreensão. Só que até chegarmos nisso, foram milhares de anos de história e desenvolvimento.
O filme “A Guerra do Fogo”, de Jean-Jacques Annaud, retrata a vida no período anterior ao uso da língua de maneira universal, onde no mesmo ocorre a interação entre dois grupos de hominídeos com graus diferentes de desenvolvimento cultural e intelectual. As diferenças entre os dois grupos estão presentes em diversos aspectos como: moradias, armas, estrutura corporal, vestimentas, crenças e a diferença que mais ajudou no desenvolvimento destes seres: a forma de se comunicar.
No caso do primeiro grupo, ao qual Noahmel, Amoukar e Gaw pertenciam a linguagem era mais rustica, dependia quase que exclusivamente de mimicas e gestos, apesar de também utilizarem de grunhidos e gritos, os mais eficazes eram mesmo os dois primeiros, porque ainda não existia denominação para cada objeto, o que dificultava a identificação da mensagem que estaria sendo transmitida. Já no segundo grupo, ao qual Ika pertencia, a comunicação já era mais elaborada, ainda utilização de gestos, mas, também, de alguma forma e por consenso da tribo, alguns sons e até mesmo palavras identificavam alguns objetos, deixando os gritos e grunhidos (monossílabas) de lado e passando a ter até frases completas dentro do tipo de linguagem deles e a língua que utilizavam.
Por essas diferenças tão exorbitantes, que quando ocorre o encontro entre os membros destes grupos a estranheza é o primeiro sentimento que de fato aparece, pelo menos