A evolução da administração
A análise temporal da história da Administração, aprofunda reflexões atuais sobre o porquê dos muitos equívocos administrativos ainda praticados nas gestões das organizações em todo o mundo. Se os livros clássicos estão repletos de dados, de algumas tentativas bem sucedidas, outras nem tanto, do modo como gerir os sistemas organizacionais, é possível que os erros cometidos, possam ser explicados pelas colocações de Ramos (1983, p.3), onde destaca-se que o "estudo científico da administração está destinado a frustrar-se quando isola um de seus elementos, tornando-se tentativa de explicação do todo pela parte". Provavelmente este tenha sido o erro dos executivos e de muitos críticos: olhar a administração de forma fragmentada, isolando fatos de forma a encerrar-se em si mesmo, sem contudo considerar o contexto, o momento, a situação, o ambiente e o eco-sistema em que os acontecimentos estão inseridos.
A totalidade, diz Ramos (1983, p.3), "alerta o estudioso para o imperativo de considerar não só a estrutura interna da administração, como as suas relações com as outras esferas da vida social. O estudo científico do fato e do sistema administrativo é necessariamente pluridimensional"
Assim sendo, a administração não deve ser estudada somente a partir das obras de Taylor e Fayol, considerados os precursores da Administração Científica. Para entender os primeiros passos da administração científica e os seguintes, recorrer aos fatos históricos que a antecederam, torna-se imperativo.
2.1 Os personagens
A evolução da administração descrita na obra de Guida (1980), é um exemplo claro da importância que deve ser dada aos que antecederam a fase científica da administração. O autor cita o trabalho de Bertram Gross, um historiador que enxergou a atividade administrativa e o seu caráter evolutivo, nos antigos conselhos administrativos de Confúcio sobre o modo de "governar o Estado"; cita também George Jr e o período medieval, ponte entre