A Europa e o novo mundo

A Europa e o Novo Mundo

O europeu chega à América no princípio do século XVI e encontra uma cultura muito diferente da sua, com costumes, pensamentos, modo de perceber o mundo, maneira de se organizar, diferentes da sua própria cultura. A partir dessas percepções, do modo de ver o outro do europeu, que trata-se de um modo pré-concebido, cria-se a idéia de que o europeu se encontra diante de uma civilização inferior a sua (eurocentrismo), não reconhecendo portanto as diferenças culturais existentes, mas colocando sua cultura como superior a do outro. Aqui está o grande perigo, pois a partir desta visão do outro, que não o reconhece como um indivíduo que também possui os mesmos direitos, apesar de pertencer a uma cultura diferente, passa-se a construir uma idéia de esvaziamento do outro, de descaracterização do outro e com base nesse ponto de vista ocorre à construção de uma justificativa que torna legítima a ocupação caracterizada pela violência, pela guerra, com a finalidade de sujeitar o outro. Esse esvaziamento do outro também facilita o processo de dominação, aniquilação, do outro, como também a ocupação e exploração da terra. A dominação pode se dá também através da comunicação, do uso da religião ou de uma ideologia, além do uso da força.
Na ocupação espanhola da América, por exemplo, quando os espanhóis ao terem um encontro com os nativos, não o reconheceram como uma sociedade organizada de cultura diferente da sua, pelo contrario, negaram aos indígenas o direito de serem o que eram, entendendo que estavam diante de uma cultura, de um povo, inferior ao seu, criando portanto a idéia de dominação, uma vez que a cultura do outro é inferior a minha cultura, ele deve se sujeitar a minha cultura, deixando, portanto o estado de “barbárie”.
Esse tipo de atitude por parte dos europeus é de suma importância econômica para eles, pois uma vez os nativos sujeitados a eles, os mesmos poderiam explorar a terra a fim de lucrar com a mesma.
Nesse caso os espanhóis na