A Europa e a Revolução Francesa
Terceiro filho varão de D. João VI e de D. Carlota Joaquina, nasceu em Queluz, a 26 de Outubro de 1802, e morreu em Brombach, a 14 de novembro de 1866. Foi o vigésimo nono rei de Portugal de Portugal entre 1828 e 1834, ficou conhecido pelo cognome o Usurpador e o Absolutista.
Na sequência da primeira invasão francesa, embarcou, em 1807, com a família real para o Brasil, de onde regressou acompanhado dos pais em 1821, tendo ficado o seu irmão D. Pedro a governar o Brasil. Durante a sua estadia no Brasil deram-se em Portugal acontecimentos que viriam a condicionar a sua ação, como a Conspiração de 1817 e, sobretudo, a Revolução liberal de 1820. Regressou a Lisboa a 3 de julho de 1821, quando o liberalismo dava os seus primeiros passos no nosso país, facto que provocou em D. Carlota Joaquina uma forte uma forte reação, apoiando a rainha os adversários do regime nascido em 1820.
Depressa o infante assume a chefia dos partidários do Antigo Regime, aglutinados em volta de sua mãe. Assim, esteve à frente dos movimentos contra revolucionários da Vila-Francada em 1823 e da Abrilada em 1824.
A Vila-Francada conduziria à dissolução das Cortes liberais e ao fim da vigência da Constituição de 1822, acabando por redundar uma vitória política que elevaria D. Miguel a comandante-chefe do exército português. A Abrilada só não teve sucesso mercê da intervenção de diplomatas estrangeiros acreditados em Lisboa. Após o golpe, D. João VI demite o filho do alto cargo que ocupava desde a Vila-Francada e D. Miguel deixa o país, fixando-se em Viena da Áustria, onde permanecia por quatro anos. Quando D. João VI morreu, em 10 de março de 1826, D. Miguel escreve para o Brasil, afirmando aceitar D. Isabel Maria como regente do reino e seu irmão como legítimo herdeiro do trono. Numa tentativa de conciliação, D. Pedro IV abdica do trono português a favor de sua filha D. Maria da Glória, na dupla condição de ser