a estrutura fundiária brasileira e os conflitos e movimentos sociais no campo
Embora sua característica fortemente econômica, a fronteira influenciou os mais diversos fatores sociais, demográficos, políticos e até mesmo culturais.
A ocupação da fronteira agrícola Amazônica começou historicamente com a abertura da rodovia Belém-Brasília. Esta foi a primeira via rodoviária de ocupação da região. Ao lado da rodovia pequenos agricultores foram paulatinamente se assentando e ocupando porções de terra. Aos poucos os primeiros núcleos urbanos foram sugindo, dando os contornos da atual ocupação.
Os marcos históricos maiores da ocupação da fronteira agrícola Amazônica de deram com a instalação das demais rodovias na década de 1970: a Transamazônica, Cuiabá-Santarém e Cuiabá-Porto Velho. Neste período iniciou-se um intenso processo de imigração de sulistas e nordestinos para a região amazônica. Em pouco tempo as áreas adjacentes destas rodovias estavam densamente povoadas.
A fronteira inicialmente centrava-se numa economia de pequena lavoura e de extração e venda de madeira não processada. A extração e venda da "madeira em tora" foi a principal atividade econômica da região por mais de duas décadas, até quase a exaustão dos recursos vegetais na região. Verdadeiras cadeias industriais e cidades surgiram da atividade madeireira. Atualmente toda a cadeia da madeira está estagnada, reservando-se a uns poucos locais de extração e beneficiamento.
Na década de 1990 migra para a fronteira as atividades ligadas ao plantio em larga escala (agrobusiness) de soja e milho. A ocupação da fronteira pela soja e pelo milho deu novos contornos a região, que passou a receber grandes investimentos em logística e relativa oferta de