A estrutura fundiária brasileira e os conflitos e movimentos sociais no campo
Singelas,
Luzeiros
Fagueiros,
Esplendidos orbes, que o mundo aclarais!
Desertos e mares, - florestas vivazes!
Montanhas audazes que o céo topetais!
Abysmos
Profundos!
Cavernas
Eternas!
Extensos,
Immensos
Espaços
Azues!
Altares e trhonos
Humildes e sabios, soberbos e grandes!
Dobrai-vos ao vulto sublime da cruz!
Só ella nos mostra da gloria o caminho,
Só ella nos falla das leis de - Jesus!
FAGUNDES VARELLA
Biografia:
Este poeta romântico nasceu em uma fazenda em Rio Claro (RJ) e faleceu em Niterói. Viveu sua infância cercado pela natureza. Filho de magistrado, matriculou-se na Faculdade de Direito, sem contudo concluir o curso. Preferia a atividade literária aliada à boemia. Casou-se duas vezes, hipocondríaco, por vezes abandonava a casa e passava os dias vagando pelas matas. Seu mais famoso poema, Cântico do Calvário, dedicou à memória do filho cuja morte muito a amargurou. É um dos patronos da Academia Brasileira de Letras.
O Moço
Teu nome foi um sonho do passado; Foi um murmurio eterno em meus ouvidos; Foi som de uma harpa que embalou-me a vida; Foi um sorriso d'alma entre gemidos!
Teu nome foi um echo de soluços, Entre as minhas canções, entre os meus prantos; Foi tudo que eu amei, que eu resumia, Dores, prazer, ventura, amor, encantos!
Escrevi-o nos troncos do arvoredo, Nas alvas praias onde bate o mar; Das estrellas fiz letras, soletrei-o Por noite bella ao morbido luar luar!
Escrevi-o nos prados verdejantes Com as folhas da rosa ou da açucena! Oh! quantas vezes n'aza perfumada Correu das brisas em manhan serena?!
Mas na estrella morreu, cahio nos troncos, Nas praias se apagou, murchou nas flores; Só