A Espiritualidade no Movimento Pietista
Introdução
O Pietismo do século XVII teve suas origens na Alemanha. Foi um movimento reacionário dentro do Luteranismo em resposta às controvérsias que se intensificaram na igreja, que dedicava-se mais aos dogmas e catecismos, deixando de lado a simplicidade e a vida devocional.
O Pietismo influenciou o surgimento de movimentos religiosos independentes de inspiração protestante tais como o pentecostalismo, o neo-pentecostalismo e o carismatismo. Enfatizava a piedade do indivíduo representado na experiência e práticas devocionais. Sendo assim, o alvo era o “retorno” (conforme pensavam) à teologia viva dos apóstolos e da Reforma, com forte ênfase na pregação do Evangelho, acompanhada de um testemunho cristão coerente com o seu pensamento. Um expoente da espiritualidade pietista, foi o alemão Philipp Jakob Spener (1635-1705). Ao promover reuniões religiosas em sua casa, pregava seus sermões, expondo passagens do Novo Testamento, induzindo os seus ouvintes a participar na discussão de questões religiosas. Originou-se dessa forma o movimento Pietista.
Spener estudou em Estrasburgo, Basiléia, Genebra, Stuttgart e Tübingen. Na Suíça (1659), entrou em contato com a teologia calvinista, todavia continuou na confissão luterana.
. Em 1675 publicou o Pia desideria ou Earnest Desires for a Reform of the True Evangelical Church, cujo título deu origem ao termo "Pietistas". A obra apresenta o pensamento do movimento pietista em algumas propostas para restaurar a vida da Igreja as quais descrevemos a seguir.
Ênfases e Propostas do Pietismo:
1º. - Experiência com Deus. A ênfase está na necessidade que o crente tem de ter uma experiência interior com Deus. Não se admite no pietismo, uma conversão apenas na aparência ou no intelecto. É nesse ponto que muitos se baseiam para dizer que o Pietismo é subjetivista, pois valoriza mais a experiência que o racional. O pietismo enfatizava o testemunho interior. Uma experiência de