Santificação
Unidade II: Aspectos doutrinários essenciais do Metodismo
Aula 8. Aula: Santificação
Qual a importância do discipulado?
Esta questão deve sempre orientar a nossa reflexão ao redor do tema do discipulado. Ela permite-nos dimensionar mais apropriadamente se a forma como este tem sido vivenciado em nossa Igreja é a mais acertada. Ajuda-nos também a estar sempre abertos a novas considerações e tratamentos do assunto.
Hoje, a temática ao redor do discipulado nos chega num momento em que boa parte do Protestantismo brasileiro (no mínimo, o de vertente mais histórica) se vê acossado pela dificuldade de as pessoas se fixarem e se comprometerem com uma determinada comunidade de fé. Para muita gente que acolhe a mensagem do evangelho, não é de importância vital estar vinculado como membro a esta ou àquela denominação cristã. Há, de fato, uma grande dificuldade de fazer da pertença à Igreja uma experiência de compromisso radical com o Reino de Deus. Nesse sentido, o discipulado vem suprir uma grande necessidade, uma vez que, por meio dele, a vinculação compromissada dos crentes numa comunidade de fé se realiza de modo mais efetivo.
O discipulado não torna, entretanto, as pessoas mais comprometidas com a mensagem do evangelho de um momento para o outro, de um modo mágico. Ele é, na verdade, um instrumento decisivo na criação de comunidade e, conseqüentemente, na superação do anonimato em que vivem muitas pessoas nos dias de hoje. O discipulado é muito importante na medida em que ajuda a superar o individualismo, na exata medida em que ele se converte num fermento motivador para gestação de uma espiritualidade que seja marcada de feições ético-sociais. Rompendo com uma “privatização da fé”, ele comunica à vida espiritual contornos mais solidários. Neste sentido, podemos afirmar que o discipulado vem em boa hora. Posto que toca num dos pontos mais vulneráveis da religiosidade evangélica brasileira.
A experiência