A escritura sagrada
Introdução
Uma das doutrinas mais questionada na atualidade é a doutrina da Escritura Sagrada. Muitos acreditam que a Bíblia não é mais do que um mero livro escrito por homens e contendo apenas o valor histórico. Daí a necessidade de tratar o assunto com uma atenção especial, falando sobre quatro grandes verdades das Escrituras Sagradas.
I– A Inspiração Bíblica Essa talvez seja a parte mais importante sobre as Escrituras, pois dela depende, diretamente, as outras três. Berkhof inicia o assunto sobre a inspiração da seguinte forma: “A Bíblia é e continuará a ser a Palavra de Deus para todas as gerações sucessivas dos homens somente em virtude de que sua inspiração é divina[1]”. A Bíblia sempre foi, é, e sempre será a Palavra de Deus.Mas, como se deu a inspiração dessa Palavra? Em primeiro lugar ela não aconteceu de maneira orgânica, isto é, Deus usou os homens mecanicamente (“ditado”); em segundo lugar, não foi de forma dinâmica (sem a intervenção do Espírito Santo), mas a inspiração ocorreu quando Deus atuou nos escritores dos autógrafos, em harmonia com as suas próprias características; todavia preservando-os da influência do pecado e, conseqüentemente, de erros. Outra questão importante acerca da inspiração é no que diz respeito a sua abrangência. A inspiração das Escrituras se estende em cada parte da Bíblia, cf. 2 Tm 3.16. Nenhum lugar deixou de ser inspirado pelo Senhor, mesmo que alguns acreditem que a inspiração tenha sido apenas para os pensamentos, o que é um erro, como nos diz Berkhof:
O pensamento necessariamente toma forma e se expressa em palavras. Se há de fato inspiração, deve então penetrar as palavras, bem como os pensamentos; deve moldar a expressão, e fazer da linguagem empregada o instrumento vivo para transmitir a idéia a ser comunicada.(Apud ORR, 1992, p. 44)[2]
Sob a influência do racionalismo – séc. XVIII - outros acreditavam que apenas algumas partes da Bíblia