A Escrita De Sinais
Como os relatos anteriores mostram a escrita da língua portuguesa ainda é um problema na educação de surdos brasileiros. Uma nova proposta surge para sanar as dificuldades e além de fazer registros peculiares da língua. Segundo STUMPF p.01
A linguagem sem escrita própria é passageira, menos precisa, depende do momento, do lugar, de quem comunica e da memória. A escrita é a representação de um sistema primário que é, em geral, a fala. As crianças ouvintes têm facilidade de aprender porque copiam os fonemas. As crianças surdas que se comunicam por sinais também precisam representar pela escrita a fala própria delas que é viso-espacial. Quando as crianças conseguem aprender uma escrita que é representação de sua língua natural amadurecem e melhoram todo o seu desenvolvimento cognitivo.
Os registros da língua facilitam na compreensão do indivíduo para compreender que a língua é muito mais do que apenas a comunicação sinalizada para surdos ou falada para ouvintes. É representação gráfica da língua. De acordo com STUMPF p. 02
O escrever e ler em língua de sinais, para o surdo, é o caminho natural em todo este contexto. Ou será que para uma criança ouvinte submetida a uma educação bilíngüe, se preconizaria como acertado apenas dar lhe condições para que lesse e escrevesse em sua segunda língua estabelecendo para sua primeira língua apenas o papel conjuntural da comunicação presencial e imediata? Na verdade, este fato aconteceu muitas vezes na história da humanidade quando por razões políticas populações foram forçadas a esquecer suas línguas naturais ou a usá-las apenas em privado. Sabe-se também, pelas constatações da sócio-lingüística o quanto estas populações foram prejudicadas em vários aspectos por estes procedimentos coercitivos.
A proposta atual que busca a educação bilíngue preconiza que essa escrita venha facilitar tanto na escrita da primeira língua Libras e na escrita da segunda língua o português na modalidade escrita. De acordo com