a escravidão moderna nos quadros do império português: o antigo regime em perspectiva atlantica
Segundo, Hebe Mattos geralmente a historiografia considera as motivações econômicas como explicações para a escravidão no Brasil mas a autora propõe uma perspectiva diferente de acordo com ela a escravidão é a condição básica para o processo de constituiçõa de uma sociedade católica no Brasil colonial .
Até pelo menos o advento das reformas pombalianas , a expansão portuguesa se fez com base numa concepção predominantemente corporativa da sociedade e do poder . pensava-se a sociedade como um corpo articulado , naturalmente ordenado e hierarquizado pó vontade divina. Porém a continua expansão e a transformação da sociedade portuguesa na época moderna tendeu a criar subdivisoes e classificações no interior da tradicional representações das três ordens medievais (clero , nobreza e povo).
Essa continua transformação da sociedade portuguesa da época moderna não ficou limitada ao território europeu mas se expandiu por o imperio .No processo de contato com outros povos desenvolveram –se concepções juridicas proprias para a incorporação dos novos elementos convertidos ao catolicismo e assim integrados ao corpo do Imperio.
Os povos integrados ao império como mouros , judeus e africanos entre outros povos conquistados , tinham um lugar determinado na sociedade eles tinham varias restrinçoes dentro do império.
A bula romanus Pontifex de 1455 justifica o comercio de escravos e sua introdução na Europa cristã em nome da possível conversão e evangelização dos povos africanos.
Uma guerra era considerada justa ou não pelo rei e estava ligada em geral a legitima defesa, a garanta de liberdade de pregação do evangelho e para alguns a garantia da liberdae de comercio .
Neste contexto a escravidão era considerada uma forma de salvação dos povos pagãos .