A escola que temos, a escola que queremos.
TERRA, TRABALHO E PÃO.
Fascículo – 03
ORIENTADORA: CÍCERA MARIA SILVA
"A Terra provê o suficiente para as necessidades de todos os homens, mas não para a voracidade de todos." Mahatma Gandhi – Gandhi. Por reconhecer que o desenvolvimento rural no Brasil se sustenta em um modelo de concentração da terra. Porque o latifúndio traz fome e miséria para grande parte da população. Segundo as estatísticas, 51% dos milhões de brasileiros e brasileiras que passam fome vivem no campo. Esse número já é suficiente para apontar a reforma agrária como uma garantia dos direitos humanos. Dar acesso à terra para os que nela querem trabalhar é romper com a exclusão. Mas a reforma agrária no Brasil ainda não é tratada como prioridade, assim como os direitos humanos. As poucas iniciativas nesta área são resultado da pressão exercida pelos movimentos sociais. O governo não quer ver que a reforma agrária é solução não apenas para os setores do campo, mas para toda a sociedade. Que é fator de geração de emprego e renda. De redução do êxodo rural e da superlotação das cidades. É o mesmo que desenvolvimento sustentável. Mas, no Brasil, existem milhares de hectares de terra não utilizados enquanto milhões de famílias sem terra vivem abaixo da linha da pobreza. Não se pode admitir tamanha violação dos direitos fundamentais. É por isso que os movimentos sociais têm importante papel nessa luta. Ocupando terras que não cumprem a sua função social é que se tem pressionado o Poder Público e alcançado importantes resultados. Quando as terras ficam na mão de uma minoria há menos democracia, menos participação do povo. Poucos ditam as regulamentações. Isso é perigoso e pode resultar, com base na ganância e na competição, em mais escravidão. Em termos econômicos o aumento da escravidão é péssimo para todos. Quando as pessoas ganham dinheiro só para o “mestre”, não