A escola ocidental
“O modelo de ensino e de escola ocidental é mais uma das heranças greco-romanas e que, particularmente, não recebeu desde então expressivas contribuições”. O nosso modelo ocidental de ensino, assim como já foi abordado por vários pesquisadores da história da educação, tem como base os fundamentos herdados das civilizações gregas e romanas. É o que podemos observar, por exemplo, quando Tereza Fachada L. Cardoso, faz sua abordagem histórica da sociedade e desenvolvimento tecnológico, no livro educação tecnológica coordenado por Mirian Grinspun. A autora menciona o nascimento do pensamento racional e da teoria na Grécia antiga:
“... Mas foi só na Grécia, entre os séculos VI e IV a.C., que o homem deu início à prática de responder suas questões metafísicas via pensamento racional. É de lá que nos vem o conceito de teoria – theoreo – que significa ver, mas ver com os olhos do espírito, numa atitude de contemplar, examinar, longe de qualquer atividade experimental. Também dos gregos nos vem o conceito de techné, que não se limitava à contemplação da realidade, mas interessava-se em resolver problemas práticos, estando, portanto, ligadas a um conjunto de conhecimentos e habilidades profissionais...” (Cardoso et al, 2009) As contribuições de Sócrates, Platão, Aristóteles, Hipócrates, Teofasto, Euclides, Arquimedes, entre outros, ainda hoje se encontram na base do conhecimento dos quais cada um destes foi o precursor. Passando pela preservação dessa herança cultural grega, chegamos aos romanos que acrescentaram ao modelo grego, o sentido da educação mais voltado para a prática e o militarismo necessários para aquela sociedade que crescia baseada nas apropriações de territórios através da guerra. Interrompo esta breve e inicial verificação da história da educação ocidental sem citar neste texto, todavia sem desconsiderar, as demais evoluções que a educação ocidental sofreu durantes esses longos anos, até chegar a nossa época, partindo para