Educaçao Indígena

EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA: UM MODO PRÓPRIO DE RECRIAR A ESCOLA NAS

ALDEIAS GUARANI.

Maria Aparecida Bergamaschi

[...]"Os Guarani contrários à introdução de aparatos ocidentais em seu modo de vida tradicional foram historicamente desfavoráveis à escola". (pg. 197)

[...] "Aldeias do Cantagalo e da Lomba do Pinheiro e mostra a escola que está sendo construída pelos Guarani desde sua cosmologia, desde suas concepções de mundo". (pg. 199)

[...]“É muito difícil fazer uma escola diferenciada”, frase que unifica as vozes dos professores indígenas nos encontros promovidos pela Secretaria de Estado da Educação e com a qual concordo, pois é reconhecida a força homogeneizadora de uma instituição constituída no seio da cosmologia ocidental moderna". (pg. 199)

[...] "Porém, práticas como a relatada mostram a força silenciosa que perpassa a escola, se fazendo na aldeia, anunciando possibilidades para um outro fazer escolar, desde outra forma de estar no mundo. (pg. 199)

[...] "Nessa perspectiva, os sentidos da escola vão se constituindo em atos, ao se apropriarem os indígenas de um aparelho educativo que não nasceu no interior de suas antigas tradições, mas que, ao ser trazido para dentro da aldeia, é conferido de significados próprios; (pg. 200)

[...] "A aldeia da Lomba do Pinheiro, que para os Guarani é a Tekoá Anhetenguá, é composta por doze famílias nucleares, configurando uma população de setenta e cinco pessoas, sendo que a maior parte é proveniente da Argentina, um movimento de reapropriação das terras ancestrais situadas a leste da região do sul da América.
(pg. 200)

[...] "Porém, mesmo “apertados”, como dizem de si no contato com a sociedade não-indígena, mantêm uma pequena mata, plantam milho, mandioca, batata-doce e amendoim e esforçam-se para manter vivo o modo de ser Guarani, realizando seus rituais na Opy, casa de reza cujo acesso está restrito às pessoas Guarani. (pg.204)

[...] "Mesmo que na memória