A escola (formal) teria condições de absorver e/ou oferecer o que se ensina e se aprende na educação informal?
Tradicionalmente, a escola tem sido o lugar onde o conhecimento acumulado pela humanidade, deve ser transmitido às próximas gerações. De uma forma bem simples, podemos dizer que a educação com reconhecimento oficial, oferecida nas escolas em cursos com níveis, graus, programas, currículos e diplomas, costuma ser chamada de educação formal. É uma das atividades básicas de toda sociedade e é por meio dela que a transmissão cultural é transmitida aos jovens. “É essencial instruir os jovens na maneira de ser do grupo para que se comportem de acordo com ele.” (KOENING,1988, p. 180). A educação formal tem sido, desde a Grécia Antiga, estudada, conceituada e sistematizada, por diversos e renomados autores. Portanto, não nos deteremos com maior profundidade nesse tópico.
Entretanto, podemos afirmar, que ela não é a única forma de se transmitir conhecimentos e valores às gerações mais jovens. Em qualquer sociedade, a vida cotidiana sempre exigiu muito mais do que o conhecimento dos saberes apresentados formalmente nas disciplinas escolares. Há muito para aprender e desde muito cedo: a língua materna, tarefas domésticas, normas de comportamento, rezar, caçar, pescar, cantar e dançar, entre outros , e podemos acrescentar à esta lista de aprendizados, uma norma de comportamento que é essencial para que uma sociedade se desenvolva mais justamente: a cidadania - e para tanto, sempre existiu também, desde muito cedo, uma educação informal, tão antiga quanto a humanidade.
Desta forma, Brandão (1998, p.18-19) nos conta que certa vez, durante o período de colonização americana, dois estados firmaram um acordo de paz com seis nações indígenas. Por conseqüência do gesto amistoso e para tirar proveito político do momento, governantes locais enviaram cartas aos índios, pedindo que enviassem alguns dos seus jovens para estudar nas escolas dos brancos. Mas, os