A escola do pós-guerra até hoje
A intituição-escola, nos países industrializados e socialmente mais avançados, caracterizou-se por um papel social cada vez mais central e por uma organização cada vez mais aberta,cada vez mais capaz de colocar-se em sintonia com uma sociedade em transformação através da prática das “reformas”. De 1945 até hoje, nesses países, a escola caracterizou-se pelo seu crescimento no sentido social, pelo seu papel no desenvolvimento econômico, pela função exercida na ordem democrática e pelas fortes tensões reformadoras, inclusive nas formas mais radicais. Mesmo depois da tempestade da “contestação estudantil”, a escola se reagrupou em torno desses problemas de estrutura e continuou a interrogar-se e a reprojetar-se em torno deles, embora com um desejo de retorno à ordem que expressou impulso neoliberais e comportamentos conservadores, tanto na política escolar quanto na práxis administrativa da escola.
O crescimento da escola manifestou-se através da alfabetização de massa, da elevação em quase toda parte da obrigatoriedade escolar e da adoção de um papel de mobilidade social. Foi só com o segundo pós-guerra que as massas em quase toda a Europa tiveram acesso concreto à escola até a pré-adolescência, assimilando comportamentos cognitivos, informações e habilidades que as introduziram a pleno título na história e na vida dos vários países,tornando-as sujeitos também politicamente mais ativos e responsáveis, tornou-se a pleno título protagonista político e social: a escolarização opera uma ascensão social, numa sociedade que se tornou cada vez mais móvel e num mercado de trabalho que se tornou cada vez mais articulado e em expansão/transformação. Nas sociedades industriais e democráticas as competências profissionais favorecem uma passagem entre os grupos e até entre as classes sociais, operando uma transformação profunda do poder social, tanto pela extração dos membros que o exercem quanto pela ideologia e mentalidade que o