A escola de criminologia
O grupo inglês, por seu turno, parte de uma premissa segundo a qual deve-se buscar a abolição das desigualdades sociais em riqueza e poder afirmando que a solução para o problema do crime depende da eliminação da exploração econômica e da opressão política de classe.
A linha abolicionista tem suas origens na Escandinávia.
Estas três vertentes radicais acabam por divulgar idéias novas em sucessivos congressos que têm repercussão nos Estados Unidos, Canadá e em toda a Europa, fazendo com que inúmeros estudiosos passem a integrar grupos de pensadores críticos. Na Itália por exemplo, avultam os nomes de D. Melossi, M. Pavarini, F. Bricola e A. Baratta, á frente de um conjunto de autores a quem se devem vários trabalhos de criminologia radical, bem como a publicação, desde 1975, da revista La Questione Criminale. Tal grupo fica conhecido como a Escola de Bolonha e, dentre outros objetivos, tinha o de “aprofundar e tentar individualizar uma criminologia de tipo marxista, quer dizer, de colocar o fenômeno da criminalidade no interior de uma teoria do Estado e das instituições”, além de expressar “as linhas de desenvolvimento de uma política criminal do movimento operário” com uma espécie de política criminal alternativa.
Os dois principais livros desencadeadores de todo o pensamento crítico foram concebidos por três autores ingleses: Ian Taylor, Paul Walton e Jack Young.
A premissa de pensamento estava inescondivelmente ancorada no pensamento marxista, pois sustentava ser o delito um fenômeno dependente do modo de