A era vargas
LITERATURA E CINEMA: A ADAPTAÇÃO DO ROMANCE
GERMINAL DE ÉMILE ZOLA
Katya Maia Motta*
RESUMO
O objetivo deste artigo é analisar a transposição da obra literária Germinal, de
Émile Zola, para a linguagem cinematográfica. Visa-se, além do grau de parentesco entre o texto literário e o texto fílmico, a compreensão de como a estética naturalista, a ideologia marxista e a dominação e luta de classes presentes no romance são retratadas pela linguagem verbo-áudio-visual. Para atingir esse propósito, serão analisados recursos utilizados pelo cinema para realizar a adaptação. PALAVRAS-CHAVE
Adaptação. Linguagem literária. Linguagem cinematográfica.
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INTRODUÇÃO
Germinal foi publicado em 1885 por Émile Zola. Trata-se de um marco na literatura,
pelo fato de o autor abordar esteticamente – ou mais especificamente, aproximar a arte literária e o saber científico – as mudanças ocorridas no âmbito sócio-político da sociedade do final do século XIX. A questão social é tratada por Zola com maestria e seus personagens refletem a diversidade social desde a burguesia até o proletariado. Também se pode dizer que o livro proporciona ao leitor a possibilidade de reflexão, pois se encontra nesse texto um tom de denúncia no que se refere à desigualdade social, e, por conseguinte, à idéia de que era preciso haver mudanças na sociedade para que o trabalhador pudesse ter uma vida mais digna.
Essa obra foi adaptada para o cinema em 1993, sob a direção de Claude Berri. É classificada no gênero dramático e, em seu elenco, encontram-se Gerard Depárdieu, MiouMiou, Jean Carmet, Renaud Danner, Jean-Roger Milo, Judith Henry, Laurent Terzieff, JeanPierre Bisson, Bernard Fresson, Jacques Dacqmine, Anny Duperey, entre outros. As mais de quinhentas páginas da obra-prima estão presentes em aproximadamente 1h55min. de filme.
Embora pertençam a campos diferentes, visto o romance ser verbal, enquanto o filme pode ser
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Aluna do