A era vargas
A Aliança Liberal
A crise mundial, que começou nos EUA em 1929, desabou em cima do Brasil. De cada 100 Libras esterlinas que os exportadores ganhavam, cerca de 70 vinham da venda de café. O resultado você pode imaginar: Cafeicultores falidos e também os bancos que financiavam os cafeicultores e os comerciantes que lidavam com exportação. Uma onda de quebra. Os que ainda não tinham quebrado exigiam que o Estado brasileiro mais uma vez os salvassem. A sociedade brasileira por sua vez, também se perguntava: no momento grave da crise, o que esperar do governo? Que se preocupe apenas em salvar a pele dos fazendeiros?
A Crise também afetou as alianças politicas. Agora, era cada um por si, e o pacto do café com leite se desfez. Assim o presidente Washington Luís, paulista de Macaé, em vez de apoiar um mineiro na eleição seguinte, preferiu o cafeicultor paulista Júlio Prestes que tinha nada a ser com o revolucionário Luís Carlos Prestes. O governador mineiro propôs aos gaúchos enfrentar abertamente São Paulo. Para demostrar sinceridade, ofereceu a eles o cardo máximo: O candidato à presidente seria Getúlio Vargas. É você sabe muito bem que estamos falando de uma figura mais importante de toda a história do Brasil.
São Paulo Estava se dividindo. Por causa disso, foi fundado o Partido Democrático (PD) que propunha reformas politicas como o voto secreto, coisa que os tenentes e a classe média também queriam. Ou Seja, como demostrou o historiador paulista Boris Fausto, o PD pouco tinha a ver com a burguesia industrial paulista, mas certo namorico com a classe média e alguns cafeicultores.
A União gaúcho-mineira criou a Aliança Liberal, cujo objetivo principal era eleger Vargas presidente. O PD paulista rompido com o PRP, aderiu, que faltava a aliança com o Nordeste. Em 1929, Getúlio Vargas não era um candidato tão diferente assim. De origem abastada, ligado à oligarquia gaúcha, chegou a ser ministro da fazenda do presidente Washington Luís. A Aliança Liberal