A era do radio
Rádio Nacional do Rio de Janeiro
A Rádio Nacional foi inaugurada às 21 horas de 12 de setembro de 1936, no edifício A Noite, com o solo de “Luar do Sertão” no vibrafone de Luciano Perrone , que depois passou a ser o prefixo da emissora. Em seguida Celso Guimarães anunciou:
“Alô! Alô! Alô, Brasil! Aqui fala a Rádio Nacional do Rio de Janeiro!”
Por fim, Oduvaldo Cozzi, que viria, mais tarde, se notabilizar como narrador de jogos esportivos, anunciou o programa inaugural da PRE-8.
Em 1940, entretanto, Getúlio Vargas assina o decreto-lei 2.073, criando as Empresas Incorporadas ao Patrimônio da União. Ao mesmo tempo, define os bens que seriam absorvidos: a rede ferroviária da Companhia Estrada de Ferro São Paulo — Rio Grande, as terras dessa companhia nos estados do Paraná e Santa Catarina e o acervo Sociedades A Noite, Rio Editora e Rádio Nacional.
A estatização da emissora atendia a uma estratégia política: aproximar a população do ditador e influenciar a formação de uma identidade nacional. Apesar disto, ficou estabelecido que a Rádio Nacional não teria privilégios, tendo que disputar audiência e anunciantes no mercado publicitário.
Em 18 de abril de 1942, é inaugurado o auditório, o grande cenário dos programas da PRE-8, o que abriu espaço para que o público ficasse mais próximo de estrelas das novelas, musicais e humorísticos.
O auge da Rádio Nacional teve seu fim com a chegada da televisão ao Brasil em 1950, mas ela é parte integrante da história da formação social brasileira, pelo seu papel no campo da cultura durante as décadas de 1940 e 1950.