Era da radio
A HISTÓRIA DO RÁDIO NA POLÍTICA BRASILEIRA
O uso político do rádio tem início juntamente com a história do meio no país.
Em 7 de setembro de 1922, na cidade do Rio de Janeiro, os brasileiros ouviram pela primeira vez uma transmissão radiofônica, que contou com discurso do então presidente Epitácio Pessoa.
Como não existia um projeto para o desenvolvimento do meio, as transmissões logo pararam, retornando em 1923 com a inauguração da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, por Roquette Pinto e Henry Morye, sendo o conteúdo totalmente educativo.
Roquette Pinto era um entusiasta da radiofonia e acreditava em sua popularização. No entanto a programação seleta, indo de óperas a recitais de poesia e os altos custos dos aparelhos receptores, todos importados, impediam o acesso do grande público.
Os políticos não acreditavam no rádio, por sua baixa penetração e principalmente por faltar-lhe a perenidade da palavra escrita.
O pioneiro no uso do rádio na política foi Julio Prestes, que buscava uma forma eficiente de se comunicar com os eleitores na campanha presidencial.
O primeiro salto
A falta de recursos impedia o crescimento do rádio no país, fato que só mudou em 1932, quando Getúlio Vargas autorizou seu uso como veículo publicitário. Esta mudança atrai dinheiro, e consequentemente a concorrência e impulsiona o mercado. As características da programação sofrem grandes mudanças, passando do erudito ao popular e buscando levar às pessoas lazer e diversão. Indústria e comércio descobrem o potencial do rádio no incentivo ao consumo e a classe política percebe que poderia também ser um grande vendedor de ideias.
Em 1932 o rádio entra de vez na política, quando Paulo Machado de Carvalho abre os microfones da Rádio Record para que César Ladeira lesse os discursos oficiais da Revolução Constitucionalista. Ladeira ficaria conhecido como o seu locutor oficial.
O engajamento da emissora fica claro em um trecho de um