A Era das Revoluções
O capítulo do texto de Hobsbawm visa um aprofundamento, nas diferentes características, e transição de uma à outra, das comunidades camponesas e sociedades urbanizadas e capitalistas.
O autor explica as grandes mudanças nas indústrias têxteis e açucareiras, ressaltando o fato de que a introdução de máquinas, o avanço da indústria, e a urbanização não são adequadas para medir o impacto do capitalismo.
Ênfase na importância da cidade industrializada, nas concentrações urbanas na Inglaterra (comparada com a de outros países, estando sempre à frente) e no fato de que a concentração de pessoas em cidades era o mais impressionante fenômeno do século.
Nessa época, a cidade industrial era de tamanho médio, mesmo pelos padrões atuais, e as que tendiam a ser muito grandes também se tornavam centros maiores de produção. Apesar de tão distante no tempo, o cenário era relativamente parecido com o atual, tanto pelas chaminés cinza, quanto pelo contraste existente entre centro urbano e campo. Sendo que, a principal diferença encontrada entre as cidades urbanas da época e as atuais, era que muitas vezes as cidades urbanas eram rodeadas por áreas agrícolas, que forneciam os suprimentos necessários, o autor até diz que: “poucos de seus habitantes estavam a uma distancia do campo superior a uma caminhada”, e atualmente as cidades já atingiram tamanha proporção que é difícil chegar de um ponto ao outro da mesma cidade caminhando. Essa proximidade permitia que os trabalhadores em áreas em processo de industrialização permanecessem meio-agricultores. Isso diminuiu muito e rapidamente, devido principalmente à rotina mais árdua nas fábricas e aos períodos mais longos que esses trabalhadores passavam nelas.
A grande cidade (com 200 mil habitantes) atraía pessoas não pelo número de fabricas, pois não era exatamente um centro industrial, mas sim pela grande variedade e quantidade de serviços prestados. Tanto em Londres como em Paris, grande