A epidemia de obesidade infantil
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Sports Science Exchange
A epidemia de obesidade juvenil: A atividade física é relevante?
Oded Bar-Or, M.D. Professor de Pediatria Diretor do Centro de Nutrição e Exercício na Infância McMaster University Hamilton, Ontario Canada
Pontos-chave
A prevalência da obesidade juvenil está aumentando em muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento, atingindo proporções epidêmicas. A redução da atividade física, principalmente devido ao aumento do tempo dedicado “à telinha” (TV, internet, jogos de computador, vídeo), parece ser uma causa importante dessa epidemia. O aumento da atividade física traz inúmeros efeitos benéficos na saúde e no bem-estar de crianças e adolescentes obesos. Há menos informação disponível com relação a sua eficácia na prevenção da obesidade juvenil. Há diversas publicações disponíveis, com diretrizes sobre quantidade, freqüência, intensidade e natureza das atividades adequadas para a população geral de crianças e adolescentes. Entretanto, a validação dessas diretrizes requer pesquisas adicionais.
sobrepeso e IMC ≥ 30 kg/m2, obesidade. Entretanto, esses pontos de corte não são válidos para crianças e adolescentes. Baseados em dados de mais de 97.000 indivíduos de diversos países, os pontos de corte para adolescentes são menores que os de adultos e são ainda menores para crianças (Cole e col., 2000). Por exemplo, o ponto de corte para um adolescente de 15 anos é 28 kg/m2 e para um garoto de 8 anos, 23 kg/m2. Os pontos de corte para sobrepeso nessas faixas etárias são 23 e 18 kg/m2, respectivamente. Apesar da popularidade do IMC, deve-se ter em mente que esse índice não diferencia uma pessoa cujo excesso de peso corresponde a um excesso de gordura corporal daquela onde o excesso deve-se à presença de mais massa magra. Este inconveniente é principalmente relevante para atletas, cujas massas muscular e magra podem variar significativamente. Para esse grupo, deve-se tentar medir a percentagem de gordura