A emergência da economia política como ciência moral autônoma

UESB – DCE- Ciências Econômicas / 1° Semestre
Discente: Hevillyn Almeida

Resumo : A emergência da economia política como ciência moral autônoma

As ideias de Smith foram assimiladas por Jean Baptiste Say na França em oposição às dos fisiocratas. Say já possuía uma concepção particular do campo de investigação da ciência econômica, o ponto de referencia era o arranjo conceitual presente no Reflexões obra de Turgot, que fornece a sua concepção do quadro econômico de Quesnay. Turgot mostra que o indivíduo na sociedade direcionado para obtenção de riquezas compreende dois momentos: Um deles é a produção de riquezas que é inadequada para satisfazer necessidades humanas, que uma vez produzida pode-se discutir como esta chega às mãos dos indivíduos, já que os produtores não são consumidores imediatos. Entretanto a distribuição da riqueza repõe as condições para que sejam produzidas e distribuídas novamente. O processo é centrado em si mesmo formando um sistema autorregulado caracterizando a riqueza como um fluxo.
Pode se dizer que Say toma emprestado de Smith o modo de pensar e organizar o conceito da vida econômica. Ele coloca a ciência econômica como ciência das leis da produção, distribuição, e consumo da riqueza. Say denomina ciência econômica de Economia Política. Na primeira a riqueza tem a razão de ser e na segunda o poder de ser.
O núcleo teórico de Say é dividido em três partes: “sobre a produção”, “sobre a distribuição” e “sobre o consumo”. A tarefa teórica iniciada por Say na França teve continuidade da Inglaterra com James Mill, que seguindo a formulação de Say, Mill define a Economia Política como o estudo das leis de produção, distribuição e consumo da riqueza. Ele refere-se à existência dos três elementos indispensáveis a produção: trabalho humano que é a base da vida econômica, capital e terra. A riqueza passa a ser distribuída de acordo com a classe social do individuo, estes passam a consumir a riqueza que produziam com necessidades de se