A Egrégora Maçonica
Embora a palavra “Egrégora” não exista em nosso idioma e o seu aparecimento na Maçonaria tenha acontecido nos anos 80, a Egrégora existe desde os primórdios da humanidade, contemporânea ao início do convívio em sociedade.
Egrégora, provém do grego "egrégoroi" significando envolvimento, clima envolvente, estado de espirito resultante de fatores externos e internos. Diversos fatores envolvidos criando no indivíduo um estado emocional próprio, de fé, de contemplação.
Pode-se definir a Egrégora como força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com qualquer finalidade. Todos os agrupamentos humanos possuem suas egrégoras características: as empresas, clubes, religiões, famílias, partidos, etc.
Obviamente não detêm-se provas científicas da existência da Egrégora, expressa-se apenas o conhecimento empírico, segundo modos de pensar, de ver, de acreditar.
Platão, há mais de 2.400 anos, tinha se referido a este fenômeno. Algumas coisas foram escritas, mas recusou-se a divulgar, mantendo-as em segredo. E negou-se porque as palavras não se prestam inteiramente a transmitir as verdades captadas pela intuição, pois além de insuficientes os vocábulos poderiam deturpar nocivamente uma verdade. Platão estava convencido de que essas realidades supremas não podiam ser transmitidas senão através da adequada preparação interna.
Vejamos a Carta VII, escrita por Platão, na qual se refere ao que atualmente denominamos Egrégora: “o conhecimento dessas coisas não é de forma alguma transmissível como os outros conhecimentos, mas apenas após muitas discussões sobre tais coisas e após um período de vida em comum, quando, de modo imprevisto, como luz que ascende de uma simples fagulha, esse conhecimento nasce na alma e de si mesmo se alimenta. Essas coisas são apreendidas necessariamente em conjunto, como é em conjunto que apreendemos o verdadeiro e o falso relativo à realidade no seu todo.”