PE A DE ARQUITETURA N 5
Uma das primeiras coisas que chamaram minha atenção quando adentrei no interior do templo maçônico foi a Abóbada Celeste estampada no teto. A contemplação do céu estrelado dá ao homem uma grande quietude e notável serenidade de espírito incitando a meditação, e para os maçons ela tem um significado a mais; ele faz parte do ornamento do nosso templo.
A essência, o conteúdo, a filosofia e cultura dos templos maçônicos foram influenciadas de correntes místicas e filosofias diferentes como Astrologia, Alquimia, Cabala, Rosacrucianismo que corroboraram na decoração ornamental e simbólica. A Abóboda Celeste derivou da mística egípcia e grega que acata o culto solar e a astrologia destacando constelações e planetas já descritos sua existência no Templo de Luxor.
Porém a maçonaria não tem exclusividade em abóbadas estreladas, muitos templos da antiguidade e igrejas eram e são cobertas de pinturas ornamentais. O Céu, composto por seus astros e estrelas representa na imagem das pessoas ainda algo misterioso resplandecendo para o ser humano como um lugar sonhado, desejado e que cobre a todos os homens com igualdade, sem qualquer distinção. E a terra uma forma de punição, morada de demônios e monstros.
A Abóboda, no Templo Maçônico, deve ser azulada e estrelada representando como o é no mundo real, o microcosmo igual ao macrocosmo se estendendo do Norte ao Sul e do Oriente ao Ocidente. Segundo CASTELLANI, as colunas J e B situadas na entrada do templo parecem simbolizar a linha dos Trópicos de Câncer e Capricórnio sendo a linha imaginária entre eles o Equador. As doze colunas zodiacais representam as doze constelações pelas quais o sol atravessa na sua passagem anual.
O Sol resplandece no Oriente da Abóboda, a Lua, em quarto crescente, com luz difusa situada entre nuvens e as trevas do Ocidente mostrando ao A M o seu caminho iniciático, das trevas para a luz que vem do leste, vindo a purificar-se pelas viagens (ar, água, fogo e a terra) caminhando e