Habitação em SP - Uma história controversa
JORNALISMO – 1º SEMESTRE
ANA LUISA PASIN
GABRIELA DE OLIVEIRAS
KESSIS SENA
LUIS OTTONI
HABITAÇÃO NA CIDADE DE SÃO PAULO
UMA HISTÓRIA CONTROVERSA
São Paulo
2014
INTRODUÇÃO
Utilizaremos neste artigo o termo “ocupação” e não “invasão”, como utilizado praticamente por toda a mídia. Os integrantes dos movimentos de luta por moradia utilizam-se dessa expressão para designar suas atitudes perante os imóveis vazios da cidade, legitimando a sua prática como ocupação de algo abandonado e por considerarem que está implícito no termo “invasão” o sentido violento com características ilegais.
O direito à moradia que, teoricamente, deveria ser assegurado pela constituição brasileira, não é realidade para muitos. São Paulo, a maior capital do Brasil e da América Latina, vive um cotidiano de desigualdades. Enquanto alguns não têm um teto para viver, ou estão em situação de moradia irregular, outros, esbanjam de mansões luxuosas. O histórico do problema da moradia está presente desde meados do séc XIX, onde já existiam cortiços e moradias em condições precárias pela cidade. A especulação financeira forçou a população a se deslocar para áreas periféricas, criando favelas e áreas de moradia precárias afastadas do centro. No séc. XX, movimentos que reinvidicam moradia digna começaram a surgir. A questão de moradia no Brasil é um reflexo da formação do nosso país. Embasado no conceito da Casa Grande e da Senzala, a habitação possui característica refletora de papel social desde a época da colonização, determinando em segregação socioespacial.
A grande pressão dos movimentos por políticas públicas de introdução das habitações na área central ocorreu com a produção de unidades habitacionais para a população de cortiços na gestão municipal de Luíza Erundina, do Partido dos Trabalhadores
(PT), em 1989. As iniciativas foram interrompidas entre os anos de 1993 a 2000, durante as gestões de Paulo Maluf e de Celso Pita, ambos