A educação moderna e suas características
Com a modernidade prepara-se o declínio e depois o desaparecimento daquela sociedade que tinha sido típica justamente da Idade Media e que negava o exercício das liberdades individuais para valorizar, ao contrario, os grandes organismos coletivos, favorecendo o bloqueio de qualquer mudança e intercambio social. Essa sociedade era também de ordens governada pela autoridade política, religiosa e cultural, estabelecida elo ato divino da criação, que se radica no homem e na suas cidades, isto é, liga-se à experiência da vida individual e social, independentemente de qualquer hipoteca religiosa.
A ruptura da Modernidade apresenta-se, portanto, como uma revolução em muitos âmbitos: geográfico, econômico, político, social, ideológico, cultural e pedagógico. Como revolução geográfica, desloca o eixo da historia do Mediterrâneo para o Atlântico, do Oriente para o Ocidente.
Como revolução econômica, acaba com o modelo feudal, ligado a um sistema econômico fechado, baseado na agricultura, para ativar, por sua vez, uma economia de intercambio, baseado na mercadoria e no dinheiro, na capitalização, no investimento, na produtividade.
Como revolução política, a Modernidade gira em torno do nascimento do Estado moderno, que é um Estado centralizado, controlado pelo soberano em todas as suas funções, atento à própria propriedade econômica, organizado segundo critérios racionais de eficiência; um Estado – nação e Estado – patrimônio nas mãos do soberano.
Como revolução social, promove a formação e a afirmação de uma nova classe: a burguesia, que nasce nas cidades e promove o novo processo econômico capitalista, assim como delineia uma nova concepção do mundo e as novas relações de poder. Do ponto de vista ideológico-cultural, a Modernidade opera uma dupla