A educação especial e a inclusão escolar
Abordando brevemente a história da educação no que se refere ao atendimento educacional dos portadores de deficiência, Mazotta (2005) esclarece que até o século XVIII, o que se entendia por deficiência era comumente relacionado a misticismo e ocultismo, pouco existindo uma base científica para o desenvolvimento de noções realísticas. Como confirma a citação a seguir, os portadores de algum tipo de deficiência eram postos à margem da condição humana por serem vistos como “imperfeitos”:
Considerando que, de modo geral, as coisas e situações desconhecidas causam temor, a falta de conhecimento sobre as deficiências em muito contribuiu para que as pessoas portadoras de deficiência, por ‘serem diferentes’, fossem marginalizadas, ignoradas. A própria religião, com toda sua força cultural, ao colocar o homem como ‘imagem e semelhança de Deus’, ser perfeito, inculcava a idéia da condição humana como incluindo perfeição física e mental. E não sendo ‘parecidos com Deus’, os portadores de deficiências (ou imperfeições) eram postos à margem da condição humana. (MAZOTTA, 2005, p. 16)
A condição de inferioridade rotulada pela sociedade também se voltou para os portadores da Síndrome de Down (SD). Segundo Voivodic (2008, p. 17), esse preconceito e estereótipo em relação à SD devem-se, em parte, ao modelo médico da deficiência: “Pois para esse modelo bastava prover o deficiente de algum tipo de serviço especializado para assisti-lo, o que não lhe propiciava um desenvolvimento pessoal, social, educacional e profissional pleno.” A questão é que os problemas advindos da