A educação de surdos no brasil

SIMONE ALVES ALBINO
VANILDO APARECIDO ALBINO

A EDUCAÇÃO DE SURDOS NO BRASIL

LOANDA - PARANÁ
2012

CAPÍTULO I
1. OS PERCALÇOS DA EDUCAÇÃO DE SURDOS NO MUNDO

Atualmente na era tecnológica e globalizada muitas leis tratam de um assunto ainda polêmico e meio controverso, a inclusão, que transcende à escolar chegando à inclusão social, configurando tal sujeito como protagonista, capaz de agir e refletir sobre o contexto no qual está inserido. Nesse sentido ressalta-se a busca por novos caminhos na educação dos surdos, que compreendam a surdez com a perspectiva nos estudos culturais, que almeja ultrapassar a concepção biológica de surdez, e entender a surdez em uma perspectiva socioantropológica no qual os seres são vistos como sujeitos de experiência visual e que constroem sua própria cultura, utilizando-se de sua linguagem.
Para que construamos um trabalho embasado capaz de descrever a trajetória histórica da educação de surdos no Brasil, se faz necessário ultrapassarmos as barreiras físicas e alfandegárias e mergulharmos profundamente, nos fatos que perpassam os retrocessos e avanços na questão da surdez por todo o mundo.
Por eras os surdos eram percebidos de varias maneiras, com piedade, compaixão, como castigo dos deuses, deixados a mercê de uma sociedade desigual, nos trabalhos forçados e desprezíveis, frequentemente marginalizados e vistos como pessoas ineducáveis, muitas vezes levados ao sacrifício. Só por volta do início do século XVI é que surge na Espanha uma figura que marcou a história do ensino dos surdos no mundo, já que surgiu por meio de Pedro Ponce de Leon as primeiras experiências do ensino dos surdos, que foi o primeiro professor,e talvez também o pioneiro no uso da dactilologia, haja vista a necessidade dos filhos dos nobres em assumir suas posses, e se comunicar. Não é configurado na certeza mas a provável metodologia utilizada por Ponce segue no relato de Soares (apud SILVA,2006,p.18 ) que diz:
Não se