A economia cafeeira e o desenvolvimento industrial no estado de são paulo
Desde a segunda metade do século XIX, a produção cafeeira passou a ser a base da economia brasileira. Produzido em larga escala, o café passou a suprir a demanda mundial pelo produto, abastecendo principalmente os mercados europeus e norte-americanos. A demanda externa passou a ser o principal fator de acumulação de capital no Brasil, favorecendo a criação de uma infraestrutura de transportes que permitiu dinamizar a atividade. Dessa forma, o transporte ferroviário se expandiu e a estrutura portuária foi aprimorada para facilitar o escoamento da produção.
Quando a crise de superprodução do café levou a uma redução drástica do valor do produto no mercado, muitos fazendeiros passaram a investir os lucros provenientes dessa atividade no setor industrial. A concentração de investimentos na indústria ocorreu na cidade de São Paulo e em suas proximidades, em virtude da rede de transportes já consolidada e da existência de uma oferta de mão de obra, constituída basicamente de imigrantes europeus. A ampliação e a diversificação da atividade industrial colaboraram para a expansão da urbanização e para a evolução econômica do estado de São Paulo, que, desde o fim do século XIX, é o mais desenvolvido do Brasil.
INTERVENÇÕES DO ESTADO
Para ampliar a substituição das importações, era indispensável que o governo investisse num complexo de indústrias de base, até então, quase inexistentes no país.
Em 1941, Vargas criou oficialmente a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e um ano depois complementou a iniciativa com a formação da Companhia Vale do Rio Doce, atual Vale, que faria explorações de minério no Quadrilátero Ferrífero para abastecer o parque siderúrgico. Na década de 1950 foram criadas a Companhia Siderúrgica Paulista (Cosipa) e a Usina Siderúrgica Minas Gerais (Usiminas). Por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Estado funcionava como financiador e sócio