Resenha
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAIS
FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL II
RESENHA DOS CAPÍTULOS II, III E IV DO LIVRO “EXPANSÃO CAFEEIRA E ORIGENS DA INDÚSTRIA NO BRASIL, DE SÉRGIO SILVA
FLORIANÓPOLIS, 2014.
1. INTRODUÇÃO
Até a crise econômica de 1929, a economia brasileira era até então sustentada pela atividade cafeeira exportadora. Já na década de 1920, no entanto, o país passou a redirecionar sua função produtiva, caminhando em direção à industrialização. A economia cafeeira foi responsável pela grande geração de massa de capital monetário, a qual penetrava nas atividades industriais. A indústria incipiente mostrou-se como produtora de bens de salário, cuja expansão dependia dos momentos de crescimento da economia cafeeira. Entretanto, esse crescimento era restringido pela incapacidade de a indústria produtora de bens de produção firmar-se no país, pois necessitava sempre, em última instância, da importação de máquinas e equipamentos procedentes de países centrais.
Nesta resenha, iremos explicar como a economia cafeeira teve algumas condições de expansão que serviram como base para o surgimento da indústria brasileira, a começar pela abordagem da trajetória que conduziu ao trabalho assalariado. Este foi implantado a partir de dois fatores: a abolição da escravatura, e a vinda em massa de imigrantes europeus.
Em seguida, explicaremos os aspectos relacionados à mecanização da produção e à logística de transporte dessa produção. Estes foram desenvolvidos no bojo da economia cafeeira, com equipamentos que contribuíram para aumentar a qualidade e o preço do café colhido nas fazendas. Veremos que o metal e o vapor substituíram a madeira e a água no processo de trabalho, o que fez das secadeiras mecânicas e dos classificadores a vapor referências dentre os equipamentos utilizados. Tais equipamentos possibilitavam melhorar o processo de