A economia brasileira em 1999
INTRODUÇÃO
O presente trabalho discorre sobre a evolução da economia brasileira tendo por base o início do ano de 1.999 em função da ocorrência de fatos que, conforme será apresentado, determinam a mudança do vetor de crescimento em função de alteração nas expectativas dos agentes econômicos, condicionando todos os acontecimentos subseqüentes. Apresenta, também, de forma clara, as ações de política econômica que foram implementadas para restaurar a credibilidade no sistema.
A crise financeira internacional, ocorrida no fim de 1998, fez reverter as expectativas dos agentes econômicos quanto à capacidade do governo de bem administrar a economia, refletindo-se em cenários de queda no nível de atividade. O Governo, logo no início de
1999, respondeu às dúvidas do mercado com mudanças no regime cambial brasileiro para proteger a moeda nacional. Essa atitude, embora alinhada às expectativas dos agentes, desenhou cenários que consideravam elevação nas taxas de juros e possível recrudescimento da inflação, como resultantes da desvalorização do real.
Embora trabalhando com essa expectativa, a economia apresentou crescimento, ocorrendo, entretanto, elevação das taxas inflacionárias e não crescimento do nível de atividade.
Já em 2000, o balanço comercial apresentou superávit crescente no período, a despeito da elevação nos preços do petróleo e da frustração na expectativa de recuperação dos preços de importantes produtos da pauta de exportações.
INDICADORES DE
PRODUÇÃO
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 2% logo nos primeiros três meses de 1999, após apresentar queda de 1,5% nos últimos três meses de 1998.
O crescimento decorreu, principalmente, do desempenho da agropecuária, setor menos sensível no curto prazo. Seu crescimento foi de 16,9%, com o produto das lavouras expandindo-se 32,5%.
O setor de serviços cresceu 1,89% e a indústria, já mais afetada pelas mudanças, apresentou queda de 0,2% no mesmo período.
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