Trabalho
RESUMO Este trabalho tem como objetivo verificar a competitividade da soja brasileira em relação à China. Para isso, fez-se uso dos Índices de Vantagens Comparativas Reveladas (IVCR) e do Índice de Orientação Regional (IOR). Os resultados mostram que o Brasil apresenta Vantagens Comparativas Reveladas no período analisado, as quais foram crescentes, à exceção de 1995, 1996, 1999 e 2003. As causas para estas quedas podem estar relacionadas à sobrevalorização cambial do período de 1995-1998 e com
variações nas exportações mundiais e brasileiras de soja. O resultado do IOR, para a China, indica que as exportações estão orientadas para o bloco, desde 1997, mas o índice não é crescente, visto que houve oscilações nas exportações desta commodity.
Palavras-chave: Comércio Internacional; Vantagens Comparativas Reveladas; Orientação Regional
1 INTRODUÇÃO A partir da década de noventa, intensifica-se o processo de globalização, determinando o aumento das transações financeiras, a maior volatilidade do capital, o acirramento da concorrência, a expansão dos fluxos de comércio e capital e a queda das proteções tarifárias. Concomitantemente ao processo de globalização, tem-se observado a regionalização da economia, ou seja, a formação de blocos econômicos e de Acordos Regionais de Comércio (ARC), no intuito de os países terem maior competitividade no contexto macroeconômico internacional e obterem vários benefícios intrabloco.
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Neste sentido, merecem destaque a União Européia (UE), o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), o Mercado Comum do Sul (MERCOSUL) e o Foro de Cooperação Econômica na Ásia e no Pacífico (APEC). Na última década, vêm intensificando-se as relações comerciais entre o Brasil e a China. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (SECEX, 2007), os produtos que mais vêm se destacando