Aplicação do modelo de mundell-fleming na economia brasileira no período de 1990 à 1999
Muitos estudos recentes procuram demonstrar os efeitos provocados pelo processo de abertura da economia, por meio de estudos que contemplam temas como a redução das tarifas de importações, o processo de condução da taxa de câmbio, a pressão exercida pelos demais países do Mercosul, bem como a adesão brasileira aos acordos comerciais no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC). As transações econômicas de um país com o resto do mundo são de grande relevância no sentido de permitir a estabilidade dos níveis de preços, de emprego e de crescimento da economia interna. Dessa forma, os países adotam uma política de comércio externo conforme os seus anseios e suas condições econômicas [SILVA, (1979)]. Uma política comercial bem planejada atende aos interesses da economia interna. De forma particular, da classe empresarial, no sentido de permitir o aumento da eficiência das empresas, que por sua vez, são dependentes de insumos advindos do mercado externo, ganhando em produtividade e competitividade. Em contrapartida, a classe trabalhadora, em geral, não é beneficiada com o processo de liberalização econômica, já que as empresas dispõem agora, de tecnologias mais adequadas ao processo produtivo, substituindo a mão-de-obra humana pela mecanizada, e isso implica aumento do desemprego, reduzindo o poder de barganha dos trabalhadores em exigirem melhores salários e melhores condições de trabalho e a conseqüente perda do poder de negociação dos sindicatos. O problema a ser investigado refere-se à questão: O Mundell-Fleming é consistente para analisar o desempenho econômico das variáveis que compõem a demanda agregada? A evolução da economia brasileira no período compreendido entre 1990 e 1999, foi caracterizada por duas fases distintas. A primeira fase, entre 1990 e 1993, foi dominada pelos efeitos da inflação, e o resultado no primeiro instante é o aumento do produto, a redução do desemprego, mas de