A DRACMA PERDIDA
Ninguém gosta de perder nada, é que o homem não foi feito para perder e nem Deus gosta de perder uma alma para o diabo. Quando perdemos alguma coisa, costumamos virar a casa de “pernas pro ar”, até encontrarmos o objeto perdido. É bom quando perdemos o celular, porque aí é só ligar e ele mesmo se acha, mas quando é a carteira, as chaves do carro, ou os óculos, aí a coisa é feia.
No Evangelho de Lucas estão, em sequencia, três parábolas sobre coisas perdidas, a da ovelha perdida, da dracma perdida e do filho perdido, ou filho pródigo. No final das três parábolas há grande alegria quando é achado aquilo que estava perdido, porém, cada uma das três parábolas têm lições diferentes a serem aprendidas.
A parábola da dracma perdida fala de uma mulher que tinha dez dracmas e perdeu uma dentro de casa, aí ela acende a candeia (espécie de lamparina), varre a casa, revira tudo até encontrar a décima dracma e depois, chama as amigas para se alegrar com ela por ter achado sua valiosa dracma que estava perdida e Jesus conclui a parábola dizendo: “Assim vos digo que há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.” (Lucas 15:10). Há alegria diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende.
Pois bem. Precisamos entender o contexto em que é narrada a parábola da dracma perdida. Nos dias em que esta história foi contada, havia um costume que funcionava como uma aliança entre os noivos. O noivo dava de presente um colar contendo dez dracmas para a noiva, que atestava para a sociedade que aquela mulher, que portava o colar de dracmas quando transitava pelas ruas, estava comprometida com alguém, havia feito uma aliança com uma pessoa que seria seu futuro marido. Era como hoje em dia que usamos alianças de ouro para representar um compromisso com alguém. Naquele tempo ao invés de aliança, a mulher usava o colar de dracmas.
O colar de dracmas era um símbolo de um compromisso, por isso a mulher que perdeu uma das dracmas ficou tão