A dosagem da ureia no sangue
O valor de referência da uréia quando dosada no soro ou plasma é de 15 a 40 mg/dL = 2,5 a 6,6 mmol/L.
O metabolismo de proteínas libera amônia que é convertida em uréia pelo fígado. Os glicocorticoides têm um efeito antianabólico e os hormônios tireoidianos têm uma ação catabólica sobre o metabolismo das proteínas. Portanto, ambos atuam aumentando a taxa de uréia sanguínea. Já os andrógenos e o hormônio do crescimento têm uma ação anabólica sobre o metabolismo protéico, diminuindo assim a formação da uréia. A lesão renal provoca uma retenção de substâncias tóxicas como a uréia através de distúrbios da filtração, reabsorção, secreção e excreção.
Na lesão hepática, haverá uma diminuição da conversão de amônia em uréia, causando uma hiperamoniemia.
Valores Aumentados: Um aumento na taxa de uréia sanguínea pode ser observado em dietas ricas em proteínas, insuficiência cardíaca congestiva, nefrite, insuficiência renal aguda, carcinomas do trato urinário ou com a idade.
As causas pré-renais de elevação da uréia no sangue ocorrem por deficiência na perfusão dos rins como na insuficiência cardíaca congestiva, na desidratação, choque e diminuição do volume sanguíneo (hemorragias internas).
Elevações da uréia ocorrem também por catabolismo protéico elevado; febre, septicemia, stress e queimaduras.
As causas renais de elevação da uréia são nefrites, pielonefrites e insuficiência renal aguda ou crônica. As causas pós-renais são obstruções no trato urinário (cálculos, carcinomas ou pólipos).
Valores Diminuídos: A diminuição da uréia está relacionada com insuficiência hepática grave, aumento da diurese, redução do catabolismo protéico, gravidez normal e em indivíduos submetidos a dietas com baixo valor protéico e alto teor glicídico.