A dor e a fé

Até onde a sua dor é maior que a sua fé? Até onde a sua fé é capaz de perceber que não estás sozinho? Até onde a tua dor dá o entendimento que se os frutos são amargos ao sabor físico, são doces ao sabor da alma? Até onde transformas em ação aquilo que pregas e que dizes acreditar? Sim, “e o mundo estremeceu, tremeu terra, tremeu mar, tremeu até filho de pemba, dentro cá desse congá”. Entretanto, “Filho só balanceou, porque foi maior a dor, e pra se ficar em pé, não pode perder a fé”. Firma terreiro! Firma filhos de fé, porque muitos com certeza, vão balancear. Muito filho de terra vai abandonar o seu caminho de origem e esquecer o compromisso assumido em algum lugar do tempo espaço, porque a dor vai ser maior que a fé. Porque por algum momento a dor os fará esquecer dos companheiros de viagem do outro lado; nós, guerreiros dessa Umbanda; verdadeiros pontas de lança contra o Mal que aflige e toma conta dessa humanidade tão amada por nós. Porque por algum momento, os filhos fecharão todas as portas de suas almas a qualquer vibração de Amor que possamos enviá-los. E isto só ocorrerá e ocorre quando a dor é maior que a Fé. E Fé não é esperança, pois o tempo não é de esperar, é de Agir. A Fé é um ato renovado todos os dias nesse campo de ação e lutas, que se chama vida terrena. A Fé é ter consciência de que apesar das noites escuras, existe uma Luz que tudo pode iluminar. E essa Luz está dentro de cada um, basta apenas que cada um a deixe e faça brilhar. A magia está dentro de ti mesmo. Só a busca interior, te fará entender os processos que retardam a tua caminhada, e as transformações necessárias para seguires a caminho da evolução. Aprende a dançar as estações da vida, porque nem tudo é sempre primavera ou verão. Necessário se faz à evolução da alma o outono e o inverno. Momentos de introspecção, hibernação e germinação da semente plantada. Isso é necessário para o equilíbrio. No campo da polaridade em que a humanidade se encontra, toda moeda tem dois lados, e cada