A dor do mundo
Uma cantora pop, mata-se, por uso desmedido de drogas (álcool sendo uma delas) aos 27 anos. Um louco assassino prepara e executa calmamente a chacina de dezenas de crianças e adolescentes num acampamento em ilha paradisíaca das terras nórdicas. Viramos assassinos ao volante, de preferência bêbados. Nosso edifícios precisam ter portarias treinadas como segurança, nossas casas, mil artifícios contra invasores. Não há lugar nas prisões, então se solta a bandidagem, as penas são caca vez mais brandas ou não há pena alguma. Sempre falando em trilhões, brigando por quatrilhões, diante da imagem das crianças morrendo de fome. Ainda dá para viver neste planeta. Ainda dá para ter esperança de que, de alguma forma, algum dia, a gente comece a se curar enquanto sociedade, e a miséria concreta não mate mais ninguém, enquanto líderes mundiais brigam por abstratos quatrilhões.