A DINÂMICA EMPRESARIAL
A conjugação dos índices de prazos médios leva à análise dinâmica através dos ciclos operacional e de caixa, elementos fundamentais para a determinação de estratégias empresariais, geralmente vitais para a determinação do fracasso ou sucesso de uma empresa. Segundo Matarazzo (1998), é a partir dos ciclos operacional e de caixa são construídos modelos de análise do capital de giro e do fluxo de caixa.
Os ciclos da empresa: operacional e de caixa
O saldo de caixa e os “estoques de caixa” de segurança são influenciados significativamente pela produção e venda, bem como pelo sistema de cobrança e compras da empresa. A análise dos ciclos operacional e de caixa pode esclarecer como ocorrem essas influências. Por intermédio de uma gestão eficiente desses ciclos, o administrador financeiro conseguirá manter um baixo nível de investimento em caixa, o que contribuirá para o aumento da riqueza da empresa.
Ross; Westerfield; Jaffe (1995, p. 538) definem ciclo operacional como sendo “o espaço de tempo entre a chegada de matéria-prima no estoque e a data em que se recebe o dinheiro dos clientes”. A tomada de decisões financeiras de curto prazo é indicada pela defasagem entre as entradas e saídas de caixa, estando relacionada com a extensão do ciclo operacional e o período de pagamento de contas.
No pensamento de Padoveze (1997) o ponto chave é o orçamento de vendas, sem o qual não se pode iniciar o processo orçamentário, concluindo que é a previsão de vendas que irá determinar todo o ciclo operacional e não se pode pensar em planejamento sem levar em conta os ciclos da empresa.
Assaf Neto; Silva (1997, p. 18), confirmam que é no fluxo contínuo e permanente de recursos entre os vários elementos dos ativos que se identificam de forma natural e repetitiva o ciclo operacional da empresa, se inicia na aquisição da matéria-prima para produção e se finaliza no recebimento pela venda da produção final. “O ciclo operacional incorpora sequencialmente