A dinâmica do contraste
CAPÍTULO 5 – A DINÂMICA DO CONTRASTE (Resumo) Durante o processo de articulação visual, o contraste é um poderoso instrumento de expressão. É o meio para intensificar o significado e simplificar a comunicação. O organismo humano tende a buscar a harmonia, uma necessidade de organizar toda espécie de estímulos em totalidades racionais. O contraste é uma força de oposição a esse apetite pela harmonia. Sem ele a mente humana tenderia a erradicar todas as sensações, pois com a hamonia total alcançada não haveriam estímulos que alimentassem o busca por uma totalidade racional, pois essa já teria sido atingida. Como estratégia visual para aguçar o significado, o contraste não só é capaz de estimular e atrair a atenção do observador, mas também pode dramatizar esse significado, com o objetivo de torná-lo mais importante e dinâmico. Os opostos parecem ser ainda mais intensamente opostos quando pensamos neles em termos de sua singularidade. Ao compararmos o dessemelhante, aguçamos o significado de ambos os opostos. O contraste pode ser estabelecido através de tom, cor, forma e escala. Com o tom, a claridade ou a escuridão relativas de um campo combinam para estabelecer a intensidade do contraste. O tom supera a cor em relação com o meio ambiente, sendo mais importante que a cor na criação do contraste. Das três dimensões da cor (matriz, tom e croma), o tom é a que predomina. Logo após do tonal, o mais importante contraste da cor é o quente-frio (temperaturas de cor), que estabelece uma distinção entre as cores quentes (dominadas pelo vermelho-amarelo) e cores frias (dominadas pelo azul e pelo verde). Um exemplo da utilização das cores no contraste é para a indicação espacial das coisas, sendo a gama azul-verde utilizada para indicar distância e a vermelho-amarelo utilizada para indicar expansão. Com a forma, através da criação de uma força compositiva antagônica, a dinâmica do contraste poderá