A dinâmica do capitalismo fernand braudel
Esta obra apresenta, com vivacidade e espírito, as conclusões de Fernand Braudel acerca de um campo de investigação que consagrou trinta anos de sua vida: a História da Economia Ocidental.
BRAUDEL, Fernand. A Dinâmica do Capitalismo.Lisboa: Editorial Teorema, 1985. 123 p.
Sob determinada perspectiva, toda a história do homem está inserido na chamada história econômica, ainda em construção. É simultâneamente a história dos grandes acontecimentos, dos grandes homens, das crises e das conjunturas e, por último, a história maciça que evolui lentamente no curso da longa duração;
Braudel escolheu tratar da análise de equilíbrio e desequilíbrio ao longo prazo, diante da dificuldade em organizar acontecimentos e fatos decorridos em quatro séculos. Temos ao menos dois tipos de vida alheios um ao outro. Por um lado camponeses nas aldeias vivendo de maneira autônoma e por outro uma economia de mercado e um capitalismo em expansão;
Mais da metade da vida é condicionada pelo cotidiano que, confusamente acumulado e infinitamente repetido, nos chega aprisionando-nos. Braudel chama a isso de ‘vida material’;
Dentro desta ‘vida material’ a reprodução humana comanda boa parte dos destinos. Dentro do jogo demográfico, os fluxos e refluxos revelam tendências válidas até o século XVIII. Somente a partir daí o número de homens não parou de aumentar e nunca mais inverteu seu movimento;
Para estabelecer o equilíbrio existem fomes, carências, duras condições de vida, as guerras e sobretudo, as doenças;
Braudel, nos capítulos seguintes, pergunta o que os homens comem, o que bebem, como se vestem, quais suas condições de vida, perguntas inconvenientes pois nos livros de história o homem não come nem bebe. Retrata as diferentes formas de lavoura e explica até o tempo livre do camponês, quando originou as corvéias camponesas e os monumentos ameríndios. As rações e as calorias que cada alimento contém, além das drogas antigas como o álcool e