A digressão lógico-experiencial em entrevistas
Albenise Mariana de Queiroz Sales (UFCG) albenise.mariana@gmail.com Carolyne Mauricio da Silva (UFCG) jesus.e.fiel7@hotmail.com Resumo O seguinte artigo tem por objetivo analisar a ocorrência de digressão lógico-experiencial em entrevistas, e como esse tipo de digressão influencia na descontinuação do tópico discursivo que circunda as entrevistas sob análise. Para isso faremos uma introdução sobre as principais características do gênero entrevista, bem como as características da digressão lógico-experiencial, e então passaremos a analisar de que forma se dá a ocorrência desse tipo de digressão nas entrevistas escolhidas para análise.
Palavras-chave: Gênero; entrevista; fala; escrita; digressão, lógico-experiencial.
Introdução
Na comunicação tanto falada quanto escrita, utilizamos gêneros textuais a todo o momento, desde um seminário a uma conversa no telefone, ou um simples bilhete passado em sala de aula por exemplo. Existe uma grande variedade de textos que permeiam o nosso dia a dia. E todo texto usado em um discurso tem uma finalidade comunicativa, onde emissor e receptor usam os gêneros adequados, seja para persuadir, informar, relatar algo, enfim, entre outros objetivos que se adaptam a cada situação, para que seja possível a comunicação. Entre tantos gêneros se encontra o gênero entrevista, um gênero que tem por base a língua falada, e tem um modo especifico de se construir, tanto por quem pergunta quanto por quem responde, de uma forma que as pessoas que estão assistindo , ouvindo ou lendo entendam o que se passa no momento dos questionamentos. É um gênero oral, porém perpassado pela escrita, em que entrevistador e entrevistado constroem juntos a interação, interação essa coordenada por um determinado tópico construído através de perguntas e respostas. Como se trata de uma interação, mesmo que seja uma interação de certa forma planejada, é comum que em certas entrevistas ocorra